25/10/2009

Ser Goiano

Ser Goiano

 

É ser dócil e falante, impetuoso e tímido

 E generoso também.

Tão generosos que cederam terras para as províncias do Maranhão e Minas Gerais. Serviram o coração para ser capital do Brasil. 

E forneceram mais algumas fazendas para a criação do Tocantins. 

Não se importam, entendem que a alma goiana transcende fronteiras. 

Conhecemos pouco do goiano. 

Quando o goiano fala em “pegar um queijinho lá na frente”, o mineiro se assanha, mas significa “entrar na rotatória”. 

A fama é do paulista, mas o goiano arrasta a língua em porta, perto, barco, quarto, arve (árvore). 

Por causa disso evita batizar filho de Bernardo. 

Tripudiamos dizendo que à mesa só tem galinhada com pequi, arroz com pequi, doce de pequi, pequi em conserva, sorvete de pequi e pequi com pequi.

Comer pequi é para profissionais.

 Se não souber comer ou falar mal dos goianos, ficará com a língua cheio de espinhos. 

Todos são descendentes do Bartolomeu Bueno da Silva, famoso como Anhanguera, ou de outros bravos bandeirantes.

Goiano é forte. Tanto que é:

2.o exportador de carne bovina

4.o produtor de soja

1.o sorgo

3.o milho

3.o cana de açúcar

4.o produção de leite.

Além de ser o 4.o polo farmacêutico, ainda produz Mitsubishi, Hyundai e Suzuki.

Nasceu forte, mas com uma viola na mão é imbatível. 

E desata a cantar “Entre tapas e beijos” emendando com “Pense em mim” e toda a discografia de Leandro e Leonardo.

Nas artes tem Chrystian & Ralf, Zezé di Camargo e Luciano, tem a poesia de Cora Coralina, o humor de Ingrid Guimarães dirigida por Wolf Maia.

Enquanto isso lá no Banco Central, o Henrique Meirelles cuida da grana.

Além do que, minha mulher é goiana do pé rachado.

Goiano é chique no último.









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