Ser Goiano
É ser dócil e falante, impetuoso e tímido
E generoso também.
Tão generosos que cederam terras para as províncias do Maranhão e Minas Gerais. Serviram o coração para ser capital do Brasil.
E forneceram mais algumas fazendas para a criação do Tocantins.
Não se importam, entendem que a alma goiana transcende fronteiras.
Conhecemos pouco do goiano.
Quando o goiano fala em “pegar um queijinho lá na frente”, o mineiro se assanha, mas significa “entrar na rotatória”.
A fama é do paulista, mas o goiano arrasta a língua em porta, perto, barco, quarto, arve (árvore).
Por causa disso evita batizar filho de Bernardo.
Tripudiamos dizendo que à mesa só tem galinhada com pequi, arroz com pequi, doce de pequi, pequi em conserva, sorvete de pequi e pequi com pequi.
Comer pequi é para profissionais.
Se não souber comer ou falar mal dos goianos, ficará com a língua cheio de espinhos.
Todos são descendentes do Bartolomeu Bueno da Silva, famoso como Anhanguera, ou de outros bravos bandeirantes.
Goiano é forte. Tanto que é:
2.o exportador de carne bovina
4.o produtor de soja
1.o sorgo
3.o milho
3.o cana de açúcar
4.o produção de leite.
Além de ser o 4.o polo farmacêutico, ainda produz Mitsubishi, Hyundai e Suzuki.
Nasceu forte, mas com uma viola na mão é imbatível.
E desata a cantar “Entre tapas e beijos” emendando com “Pense em mim” e toda a discografia de Leandro e Leonardo.
Nas artes tem Chrystian & Ralf, Zezé di Camargo e Luciano, tem a poesia de Cora Coralina, o humor de Ingrid Guimarães dirigida por Wolf Maia.
Enquanto isso lá no Banco Central, o Henrique Meirelles cuida da grana.
Além do que, minha mulher é goiana do pé rachado.
Goiano é chique no último.
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